Petrobrás acaba com PPI, mas falta garantir ‘abrasileiramento’ dos preços, diz Observatório Social do Petróleo
Observatório Social do Petróleo – A nova estratégia comercial da Petrobrás para calcular o valor da gasolina e do diesel, anunciada na manhã de hoje (16), é positiva porque acaba com a política de paridade de importação, mas não apresenta critérios objetivos que garantam, de fato, o “abrasileiramento” dos preços, como prometido pelo presidente Lula. “Os parâmetros utilizados não são claros em relação à definição dos preços, critérios esses que seriam muito importantes para assegurar a ligação dos preços aos custos reais de produção (o abrasileiramento), e assim ofertar ao consumidor brasileiro valores menores do que a paridade de importação”, afirma o economista Eric Gil Dantas, do Observatório Social do Petróleo (OSP) e Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps).
Observatório Social do Petróleo – A nova estratégia comercial da Petrobrás para calcular o valor da gasolina e do diesel, anunciada na manhã de hoje (16), é positiva porque acaba com a política de paridade de importação, mas não apresenta critérios objetivos que garantam, de fato, o “abrasileiramento” dos preços, como prometido pelo presidente Lula. “Os parâmetros utilizados não são claros em relação à definição dos preços, critérios esses que seriam muito importantes para assegurar a ligação dos preços aos custos reais de produção (o abrasileiramento), e assim ofertar ao consumidor brasileiro valores menores do que a paridade de importação”, afirma o economista Eric Gil Dantas, do Observatório Social do Petróleo (OSP) e Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps).
O aspecto negativo da nova política de preços de combustíveis da Petrobrás, de acordo com o economista, é que os parâmetros apresentados são subjetivos. A estratégia comercial usa como referências de mercado o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação, e o valor marginal para a Petrobrás. “Na prática, as duas referências já ocorrem. A estatal já oferece, na média, preços mais competitivos do que os importadores e as refinarias privadas em qualquer região do país”, argumenta.
Na opinião do secretário geral da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Eduardo Henrique, o fim do PPI é um passo importante para se criar uma dinâmica de preços diferente, mas existe ainda uma outra medida essencial. “Para ‘abrasileirar’ os preços de verdade é preciso reestatizar tudo o que foi entregue por Bolsonaro, iniciando pela retomada da BR Distribuidora e das refinarias. Se a direção da empresa seguir condicionada às regras de mercado, não haverá as mudanças necessárias para atender a população”, conclui o dirigente.
Fonte Brasil 247