Saúde cerebral: três hábitos comuns que prejudicam seu bem-estar

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Neurocirurgião traz importantes alertas que podem trazer malefícios ao nosso cérebro

Olá, meninas!

Na correria do dia a dia, é super comum a gente buscar alternativas rápidas para aliviar aquela tensão ou desconforto muscular que insiste em aparecer.

Massagens, aparelhos eletrônicos que prometem relaxamento e até alguns hábitos que parecem inofensivos acabam virando parte da rotina.

Mas, atenção: certas práticas podem colocar em risco a nossa saúde cerebral se não forem feitas com cuidado e, principalmente, com orientação adequada.

Para entender mais desse assunto mega importante para a nossa saúde, conversei com o neurocirurgião Dr. Denildo Veríssimo, especialista em doenças do crânio, coluna e técnicas minimamente invasivas, que chamou a atenção para três atitudes muito comuns que podem prejudicar – e muito – o nosso cérebro.

As recomendações dele são baseadas em pesquisas e dados de grandes instituições de saúde. Confira abaixo três alertas que o doutor pontuou:

Pistolas massageadoras no pescoço.

Pode parecer inofensivo usar esses aparelhos para aliviar a tensão, mas o especialista explica que as forças repetitivas aplicadas nessa região podem acabar lesionando artérias importantes, como as vertebrais e carótidas.

O risco aqui é sério: a chamada dissecção arterial, que responde por até 25% dos casos de AVC em jovens e adultos de meia-idade, segundo o National Institutes of Health (NIH) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). E se a pessoa já tiver hipertensão ou aterosclerose, o perigo é ainda maior, porque placas podem se soltar e bloquear a circulação sanguínea no cérebro.

Segurar o espirro

Quem nunca tentou segurar um espirro no meio de uma reunião ou situação constrangedora? Pois é… mas essa prática pode ser perigosa. Quando bloqueamos o espirro, a pressão intracraniana e intraocular aumenta de repente. Isso pode causar desde ruptura de tímpano até hemorragias nos olhos e, em casos mais graves, até eventos vasculares cerebrais. A American Academy of Otolaryngology é categórica: nunca segure o espirro!

Ouvir música muito alta

Quem ama música sabe a delícia que é colocar o fone e se desligar do mundo. Mas em volume alto, isso pode custar caro.

Além de causar perda auditiva, a exposição contínua a sons muito altos é apontada pela Lancet Commission on Dementia Prevention como um fator de risco modificável para o desenvolvimento de demência.

Uma pesquisa da USP, publicada pela Agência Fapesp, mostrou que perder audição na meia-idade acelera o declínio cognitivo. Ou seja, proteger a audição é também cuidar da memória e do cérebro.

Quando esses problemas evoluem, os tratamentos podem ser bem diferentes. Uma dissecção arterial, por exemplo, pode exigir cirurgia ou técnicas endovasculares, mas o resultado depende da gravidade e da rapidez do atendimento.

Lesões no tímpano costumam ter boa recuperação com cirurgia. Já os danos cerebrais provocados por AVC ou demência, na maioria das vezes, não têm reversão – mas podem ser controlados com acompanhamento médico, fisioterapia, reabilitação e mudanças no estilo de vida.

E não para por aí. O Dr. Denildo lembra que outros hábitos também pedem atenção:

– Dormir mal aumenta o risco de problemas de memória e demência, segundo o Centers for Disease Control and Prevention (CDC);

– Beber em excesso está ligado à atrofia cerebral e ao aumento de AVC, alerta a OMS;

– Sedentarismo prejudica o fluxo sanguíneo no cérebro e afeta funções cognitivas; a OMS recomenda ao menos 150 minutos de atividade física moderada por semana;

– Comer muitos ultraprocessados acelera o declínio cognitivo e aumenta inflamação, mostram estudos da JAMA Neurology;

– Exagerar no uso de telas à noite atrapalha o sono e, a longo prazo, afeta a consolidação da memória.

No fim das contas, o recado é simples e poderoso: pequenas mudanças de hábito fazem uma enorme diferença na proteção do nosso cérebro.

Como resume o Dr. Denildo: “A prevenção começa com a consciência sobre os hábitos que adotamos. Ao evitar práticas potencialmente perigosas, estamos preservando não apenas o cérebro, mas a qualidade de vida como um todo.”

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fonte https://odia.ig.com.br/

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