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Roubo de cargas gerou prejuízo de R$ 1,2 bi em 2022

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Pesquisa divulgada recentemente pela Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística) revelou que a Região Sudeste continua sendo a que concentra o maior número de casos de roubo de cargas em todo o Brasil. De acordo com o estudo, impressionantes 85,18% das ocorrências registradas no país em 2022 ocorreram na região. Em seguida, pela ordem, vêm as regiões Sul (6,12%), Nordeste (4,66%), Centro-Oeste (2,81%) e Norte (1,23%). Em termos financeiros, as perdas de cargas roubadas geraram aproximadamente R$ 1,2 bilhão em prejuízos no ano passado.

O estudo também identificou os produtos mais visados por quadrilhas e criminosos em geral: alimentos, combustíveis, produtos farmacêuticos, autopeças, materiais têxteis e de confecção, cigarros, eletroeletrônicos, bebidas e defensivos agrícolas estão entre as mercadorias de maior interesse para os criminosos. Esses itens têm alto valor no mercado ilegal e são de fácil comercialização, o que os torna alvos atrativos para ladrões de cargas.

O combate ao roubo de cargas no Brasil tem sido uma causa abraçada pelo setor privado, pelas autoridades governamentais, pelas entidades representativas do setor de transporte e pelos órgãos de segurança pública. Um exemplo da articulação foi a aprovação da Lei Complementar nº 121/06, em 2006, que estabeleceu o Sistema Nacional de Combate ao Crime, com o objetivo de fortalecer as ações de enfrentamento ao roubo de cargas em todo o país.

Além disso, estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) intitulado Análise de Grandes Riscos do Setor de Transporte, da série Transporte & Desenvolvimento, tem o objetivo de identificar esses grandes riscos e orientar o setor de transporte e o poder público para que se antecipem e se adequem às suas eventuais consequências.

O estudo identificou e analisou 29 grandes riscos que podem impactar o setor de transporte e logística no país, divididos em seis categorias: ambiental, ambiente de negócios, econômica, geopolítica, social e tecnológica. Predominaram, nos maiores níveis de ameaça, segundo os representantes consultados, os riscos nas categorias relacionadas ao ambiente de negócios, sociais e econômicas. Destaca-se, porém, que todos os riscos identificados no estudo teriam um impacto significativo caso ocorressem, pois em todos eles as somas dos percentuais de avaliações de níveis de risco extremo e alto foram superiores a 50%.

Segundo o estudo, o roubo de cargas, por sua vez, tem tomado proporções cada vez maiores e agravado o problema no setor, com ataques cada vez mais ousados do crime organizado. O roubo de cargas tem afetado não só o segmento rodoviário de cargas, como também os modos ferroviário e aquaviário – neste, tanto na navegação interior quanto na marítima. A escassez de mão de obra qualificada, com as competências técnicas e operacionais necessárias às demandas do setor, é um risco que já se manifesta em diversos segmentos.

Os riscos ambientais vêm impactando de forma crescente os negócios no transporte, com a ocorrência, por exemplo, de eventos climáticos extremos e desastres naturais. Eles podem afetar de forma particular as infraestruturas e sistemas, a exemplo do aumento do nível do mar em áreas portuárias e dos desabamentos de terra, altas temperaturas e queimadas, provocando estragos nas infraestruturas rodoviária e ferroviária.

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