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“Previdência é cara. Contribuição pequena pode deixar a pessoa frustrada”, afirma presidente da Previ, do Banco do Brasil (BBAS3)

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Em painel do 44º Congresso Brasileiro de Previdência Privada (CBPP) nesta quinta-feira (19), o presidente da Previ – fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (BBAS3) -, João Luiz Fukunaga, falou sobre os desafios da previdência privada, especialmente para a população de baixa renda. 

“Previdência é algo muito caro. Quando você paga uma contribuição muito pequena, a tendência é de que você fique frustrado quando isso for se materializar lá na frente em um benefício”, disse durante o painel “O fomento da previdência complementar sob a ótica das EFPC”.

O especialista afirmou que a tendência é de uma mudança na previdência. Em sua avaliação, com o envelhecimento precoce da população brasileira, a previdência passará a ganhar uma importância muito grande e os planos patrocinados tendem a voltar a crescer. “A tendência é de uma queda da população no curto prazo. Com isso, você terá que ter uma política estruturada de Estado para dar conta dos desafios que vão estar colocados, seja na área de saúde, seja na área de previdência. Então o Estado vai ter um papel fundamental”, completou. Diante disso, Ricardo Pontes, presidente da Funcef (Fundação dos Economiários Federais) – fundo de pensão que gerencia a previdência complementar dos funcionários da Caixa Econômica Federal – destacou que a empresa vai oferecer até 12% de contribuição previdenciária. “Quase 50% dos nossos participantes estão contribuindo com menos de 12% – estão contribuindo com 5%, 6%, 7%, ou seja, é uma oportunidade incrível que estão perdendo em acumular esse recurso, de fazer uma poupança para ter esse retorno lá na frente”, avaliou.

“A educação previdenciária é fundamental e estamos todos nós e a Abrapp de mãos dadas para que a gente possa levar mais informações à população”, pontuou Pontes.

Para Edécio Brasil, diretor-presidente da Valia e vice-presidente do Conselho Deliberativo da Abrapp, é importante a democratização do acesso à previdência.

“Conheço muita gente aposentada que não tem previdência. Para o nosso público, no Brasil, é muito limitado. Nós temos pouca gente assistida e a qualidade de vida de quem tem fundo de pensão e de quem não tem é muito diferente”, avaliou.

Tecnologias voltadas ao futuro e a expansão na previdência

Além disso, os palestrantes também comentaram sobre o impacto da tecnologia na transformação social. 

Para Henrique Jäger, presidente da Petros – fundo de previdência fundada pela Petrobras (PETR4) -, a dificuldade em se conectar para obter mais informações é um grande desafio a ser enfrentado. Jäger destacou que cerca de 30% de seu público são analfabetos digitais. 

“A educação previdenciária ganha uma outra dimensão com esse cenário. Diferentemente do setor bancário, a tecnologia está presente diariamente no trabalho, já no setor de petróleo não. As pessoas não têm acesso às informações básicas, não conseguem transitar nos aplicativos da Petros em seu celular. A gente está consciente desse desafio para a Previdência e vem trabalhando nisso para tentar levar as informações para essas pessoas e o desafio é digitalizá-las”, pontuou

FONTE SUMO

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