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Preparado para os 120 anos? Modelo matemático sugere que humanidade ainda não atingiu idade máxima de vida

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David McCarthy, professor da Universidade da Geórgia, dos Estados Unidos, calculou que, ao longo das próximas décadas, veremos mais pessoas ultrapassando os 122 anos

Para pesquisador, seres humanos ainda vão chegar – e passar – dos 120 anos com mais frequência — Foto: Getty Images

Com 115 anos, a mexicana María Branyas é considerada, hoje, a pessoa mais velha do mundo. Ela assumiu o posto em janeiro deste ano, após o falecimento da freira francesa Lucile Randon, aos 118 anos. Ao redor do planeta, cada vez mais pessoas têm rompido a barreira dos 110 anos. Um novo modelo matemático, no entanto, sugere que os seres humanos podem ainda não ter atingido a expectativa de vida máxima ainda.

Em um artigo publicado nesta semana na revista PLOS One, David McCarthy, professor de Gerenciamento de Risco da Universidade da Geórgia, dos Estados Unidos, calculou que, ao longo das próximas décadas, veremos cada vez mais pessoas – principalmente mulheres – ultrapassando os 122 anos.

Segundo McCarthy, os cálculos matemáticos sugerem que nossa idade máxima não é biologicamente constante, mas está aumentando – pelo menos por enquanto. “Se você acredita que nossa análise e nossas projeções estão bem e, você sabe, o mundo não entra em colapso, provavelmente haverá alguns indivíduos que quebrarão o atual recorde de longevidade”, disse ele ao portal Insider. “A linha de chegada está avançando.”

Discordâncias no meio científico

Outros pesquisadores, no entanto, ainda não estão convencidos de que a idade final dos humanos mais velhos está realmente subindo. Esse é o caso de Brandon Milholland, ex-pós-doutorando no Albert Einstein College of Medicine, que foi coautor de um artigo publicado na revista Nature, em 2016, que indicava que os limites da expectativa de vida humana não mudaram desde a década de 1990.

“A idade máxima de uma pessoa ainda gira, em média, em torno de 115 anos”, afirmou à reportagem. Ele acrescentou que suspeita que pode haver maneiras pelas quais as pessoas acabarão descobrindo como reduzir sua idade biológica à medida que envelhecem. “O que está nos impedindo agora é que estamos tratando muito os sintomas do envelhecimento, mas não o envelhecimento em si.”

Existe uma lei, a Lei de Gompertz, que determina que o risco de morte de uma pessoa dobra aproximadamente a cada oito anos até a idade adulta. Pelo novo modelo desenvolvido por McCarthy, esse risco parece se estabilizar em algum momento a partir do 100º aniversário.

Mas Milholland discorda dessa nova percepção. De acordo com ele, isso não faz sentido biologicamente e não é apoiado por dados recentes sobre indivíduos muito idosos na Itália e na França.

“Os dados são tão escassos sobre as pessoas que envelhecem”, pontuou o ex-pos-doutorando. Uma verdade que McCarthy reconhece: “Como todas as projeções, essas são obviamente incertas”, concluiu.

Fonte Época Negócios

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