Motoristas têm o direito de solicitar teste de qualidade do combustível nos postos de abastecimento, segundo a ANP.
Em tempos de oscilações nos preços dos combustíveis, muitos motoristas buscam opções mais econômicas, mesmo que isso signifique abrir mão da confiança em seu posto habitual. Contudo, nem todos sabem que, ao suspeitar da qualidade do produto, o consumidor pode exigir um teste imediato.
Gilberto Pose, especialista em combustíveis da Raízen, licenciada da Shell, explica que os clientes têm o direito de solicitar um teste de qualidade ao frentista a qualquer momento, caso surjam dúvidas sobre a gasolina ou o etanol.
Esta avaliação, disponível gratuitamente para qualquer consumidor, pode ser essencial para garantir que o combustível não esteja adulterado.
Procedimento do teste de qualidade
A Resolução da Agência Nacional do Petróleo (ANP) determina que todos os postos mantenham um kit para teste de combustível. Os frentistas devem estar aptos a realizar esse procedimento gratuitamente e na presença do cliente.
Caso o estabelecimento se recuse a realizar o processo, o consumidor pode registrar uma queixa no Procon ou na ANP.
Teste da proveta
Um dos métodos utilizados é o teste da proveta, que verifica a quantidade de etanol anidro na gasolina. As gasolinas comum e aditivada devem conter até 27% de etanol, enquanto na gasolina premium o limite é de 25%.
A realização do teste, que é um direito do consumidor, ocorre da seguinte maneira:
- Em uma proveta de 100ml, adiciona-se 50 ml de gasolina e 50 ml de solução de água e sal.
- O etanol da gasolina é transferido para a água após a mistura.
- Após 15 minutos de repouso, os líquidos se separam, com a gasolina no topo.
- O volume correto do líquido resultante deve ser de 63 ml. Valores acima indicam adulteração.
Verificação do etanol
Para garantir a qualidade do etanol, é importante observar as bombas de abastecimento. Elas devem apresentar um termodensímetro, que indica se o etanol hidratado é transparente e sem impurezas. A linha vermelha de densidade deve estar no mesmo nível ou abaixo do combustível.
Além dos testes, outros sinais podem indicar adulteração. As bombas de abastecimento devem estar lacradas e exibir informações exigidas pela ANP, como CNPJ e endereço do posto, além do selo do Inmetro. Isso garante a autenticidade e qualidade do combustível oferecido.
Fonte Newsmotor – Lorena de Sousa