Escrito por Cláudio da Costa Oliveira – 3 julho 2023
O atual presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates , pelo que tem declarado, pode vir a colocar a companhia em difícil posição frente ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE
O Portal G1, logo após o anuncio do fim do PPI, registrou em entrevista :
“Prates disse também que, mesmo com a mudança, a Petrobras continuará seguindo a referência internacional e mantendo a competitividade interna. “Nós não vamos perder venda. Não vamos
deixar de ter o preço mais atrativo para os nossos clientes.” Existe pouca, ou nenhuma, transparência sobre o que efetivamente está sendo praticado, mas, aparentemente, as declarações indicam que a empresa está estabelecendo um modelo de precificação baseado na concorrência, onde vai
exercer o seu poder econômico monopolista, sempre que necessário.
Caso isto venha a ser confirmado o CADE poderá interpretar como “abuso do poder”, cabendo uma intervenção.
A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis – ABICOM, entrou com pedido de intervenção do CADE https://veja.abril.com.br/economia/importadores-decombustiveis-pedem-que-cade-freie-descontos-da-petrobras/ Ao mesmo tempo a associação das refinarias independentes
(Refina Brasil) também aciona o CADE.
https://www.metropoles.com/colunas/guilhermeamado/refinarias-acusam-petrobras-de-preco-discriminatoriosno-petroleo Acreditamos que antes de atingir o preconizado pelo presidente
Lula, que é o “abrasileiramento” dos preços cos combustíveis, a companhia deveria, transitoriamente, substituir o Preço de Paridade de Importação – PPI pelo Preço de Paridade de Exportação – PPE. Mesmo modelo adotado pela Vale (na venda de minério) e pelas Siderúrgicas (na venda de aço) no mercado
interno.
Cláudio da Costa Oliveira
Economista da Petrobrás aposentado