O preço do barril de petróleo Brent caiu abaixo de US$ 74 devido a rumores de avanços no acordo nuclear entre os EUA e o Irã
Você vai ver aqui: O preço do barril de Brent caiu abaixo de US$ 74 devido a rumores de avanços no acordo nuclear entre os EUA e o Irã, que poderiam aumentar a oferta de petróleo no mercado internacional.
No Brasil, a queda nos preços dá espaço para o governo aumentar os impostos sobre os combustíveis. Aviação tem forte recuo no IPCA; energia elétrica sobe.
A Petrobras, apesar de vender o Polo Potiguar, no Rio Grande do Norte, planeja continuar investindo na região.
Nos EUA, a GM adotou o padrão de carregamento de carros elétricos da Tesla, apoiando uma iniciativa para universalizar o acesso às redes de recarga.
Os futuros do Brent ainda são negociados nesta sexta (9/6) abaixo do US$ 77 por barril, patamar que vinha sendo sustentado pelo anúncio de novos cortes da Arábia Saudita, no fim de semana passado.
O barril chegou a despencar para menos de US$ 74 por barril ontem com especulações sobre avanços na retomada do acordo nuclear dos EUA com o Irã, diante de uma expectativa de nova oferta de óleo no mercado internacional.
– A Casa Branca negou, disse que a “informação é falsa e enganosa”. O acordo com o Irã sofreu um revés no governo de Donald Trump e o país do Oriente Médio voltou a ser alvo de sanções americanas em 2018. O aumento de estoques de gasolina nos EUA também pesou nos preços da commodity (InfoMoney).
– A União Europeia entrou oficialmente em recessão técnica, com queda de 0,1% do PIB no primeiro trimestre de 2023. A atividade econômica dos EUA também deu sinais de fraqueza com aumento de pedidos de seguro-desemprego, acima das previsões (Valor).
Combustíveis no Brasil. Os preços do petróleo têm dado espaço para o governo federal elevar paulatinamente os impostos dos combustíveis. O IPCA em maio recuou novamente e o indicador acumula 3,94% em 12 meses. A previsão mais recente da Fazenda (g1, Valor) para o IPCA está em 5,58% para 2023, superior ao teto da meta (4,75%), mas abaixo de 2022.
– Após antecipar o aumento dos impostos federais da gasolina e do etanol, a pasta fez o mesmo com a cobrança sobre o diesel para setembro. Estima que vai arrecadar R$ 2 bilhões adicionais, liberando o orçamento para bancar o desconto nos carros e veículos pesados.
Aviação. Os preços das passagens aéreas recuou 17,7% em maio, na esteira do corte acumulado nos preços do QAV. A Petrobras fornece praticamente todo o combustível nos grandes aeroportos do Sudeste e cortou em 25,6% os preços entre janeiro e maio. As passagens caíram 21,4% no período.
Mas os preços da energia elétrica residencial subiram 0,91% em maio. Segundo o IBGE, a alta acumulada do ano é de 2,95%. Reflete a revisão das tarifas. Em Belo Horizonte (MG), o aumento foi de 14,69% (MegaWhat).
Petrobras no Rio Grande do Norte. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a venda do Polo Potiguar – que ele tentou impedir no passado – precisou ser concluída para preservar os contratos assinados. Mas a Petrobras fará novos investimentos na região, em petróleo e gás e, futuramente, energias renováveis.
– Esta venda de ativos por pouco não significou a saída total da Petrobras do RN. Chegamos a tempo, e posso assegurar que a Petrobras não sairá do Rio Grande do Norte”, publicou nas redes.
Ontem (8/6), a 3R Petroleum assumiu a operação do Polo Potiguar, negócio de US$ 1,2 bilhão. O estado passa a ter, majoritariamente, operadores privados no controle também da infraestrutura de petróleo e gás natural.
– Em abril, portanto após a mudança de governo, a Petrobras concluiu a venda do Norte Capixaba, polo de campos em terra negociado com a Seacrest.
Itaú sócio em eólicas. A Engie Brasil vendeu 12,34% da Maracanã Geração de Energia para o Itaú, que vai aportar R$ 1 bilhão na emissão de novas ações preferenciais da SPE. O banco passa a ser sócio de parques do Conjunto Eólico Serra do Assuruá, na Bahia, e comprado pela Engie em 2022, na época com 880 MW de potência outorgada.
Elétricos nos EUA. A GM também decidiu adotar o padrão de carregamento dos elétricos da Tesla, de Elon Musk. Junta-se a Ford a iniciativa para universalizar o acesso às redes de pontos de carga, de maioria da Tesla nos EUA.
– Acordo comercial ocorre em paralelo ao Inflation Reduction Act (IRA), política do governo de Joe Biden que vai destinar centenas de bilhões de dólares para levar para os EUA cadeias de produção com critérios ambientais. A eletrificação do transporte é um dos eixos do programa (Reuters, na Folha)