Escrito por Cláudio da Costa Oliveira 13 junho 2023
Artigo publicado ontem (12/05) pela “Money Times” relata sobre estudo que baseia decisão do JPMorgan em estabelecer o preço de R$ 41 como meta para as ações da Petrobras (PETR4) https://www.moneytimes.com.br/petrobras-petr4-a-nova-avaliacao-do-jp-morgan-para-as-acoes-da-estatal/
Para os analistas do banco de investimentos “embora a nova administração mude de estratégia, estas mudanças não são tão significativas, o que significa que a Petrobrás permanece com uma ação subvalorizada gerando FCL (Fluxo de Caixa Livre) substancial”
Em primeiro lugar é preciso explicar o que é Fluxo de Caixa Livre – FCL :
FCL = Geração Operacional de Caixa – Investimentos
Ou seja, quanto menores forem os investimentos, maior será o FCL.
Fica claro que para o JPMorgan a empresa manterá uma política de investimentos bem abaixo do ideal, entregando muitas das oportunicdades para empresas estrangeiras, como a Shell com a qual firmou recente acordo de parceria.
Com relação ao PPI o artigo destaca “a política de preços será seguida em uma faixa estreita, o que, na visão dos analistas do JPMorgan, não está tão distante da paridade de preços anterior”.
De fato, apesar da direção da empresa ter anunciado o fim do PPI em 16 de junho último, os preços em suas refinarias têm se mantido mais de 15% acima do PPI, como vemos no gráfico a seguir:
Fonte ; www.soberanobrasil.com.br
Tudo ainda muito longe da promessa do presidente Lula de “abrasileirar” o preço dos combustíveis .
Aguardamos a divulgação do novo Plano Estratégico (2023/2028), que talvez possa trazer melhores esclarecimentos.
Cláudio da Costa Oliveira
Economista da Petrobrás aposentado