Novo pedágio eletrônico no Brasil gera dúvidas e multas inesperadas. Entenda o sistema free flow e veja o que mudou.
O sistema de pedágio sem cancelas, conhecido como free flow, foi introduzido em algumas rodovias do Brasil com o objetivo de melhorar o fluxo de tráfego e reduzir congestionamentos. No entanto, essa inovação tem gerado uma série de dúvidas e preocupações entre os motoristas, principalmente devido à falta de clareza nas informações e à sinalização inadequada. Muitos condutores relatam cobranças inesperadas, o que levanta questões sobre a eficácia do sistema.
Uma solução proposta para melhorar a precisão do sistema é a utilização de chips de identificação nas placas dos veículos. Essa tecnologia, baseada em Identificação por Radiofrequência (RFID), poderia ajudar a minimizar erros e aumentar a segurança nas rodovias. Contudo, a implementação dessa tecnologia enfrenta desafios, principalmente relacionados à segurança e à possibilidade de manipulação indevida das placas.
Como funciona o sistema de pedágio Free Flow?
O sistema de pedágio free flow opera sem a necessidade de parar o veículo, utilizando câmeras e softwares de reconhecimento para identificar os automóveis que passam pelas praças de pedágio. Em estados como São Paulo e Rio de Janeiro, essa tecnologia já está em uso, mas a falta de comunicação direta com os motoristas tem sido um problema recorrente.
Os pagamentos são realizados principalmente por meio de aplicativos específicos, que exigem um cadastro online e, frequentemente, o uso de internet ou cartão de crédito. Motoristas que não possuem dispositivos como Sem Parar ou Veloe enfrentam dificuldades adicionais, precisando acessar diferentes sites das concessionárias para efetuar o pagamento.
Quais são os impactos das multas e as novas diretrizes?
As multas por evasão de pedágio eletrônico no Brasil têm sido um ponto de preocupação, com mais de 660 mil infrações registradas em 2024, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Para mitigar esses problemas, a Resolução 1.013/2024 do Contran introduziu novas diretrizes, incluindo a Carteira Digital de Trânsito (CDT), que permite aos motoristas visualizar passagens e pagamentos.
Além disso, a resolução sugere a criação de pontos físicos para facilitar as transações, visando melhorar a experiência do usuário. Especialistas continuam a enfatizar a necessidade de aprimorar a comunicação nas rodovias que utilizam essa tecnologia, para evitar cobranças indevidas e melhorar a segurança.
O futuro dos pedágios sem cancelas no Brasil
Apesar dos desafios enfrentados, o sistema de pedágio free flow representa um avanço tecnológico significativo para as rodovias brasileiras. A implementação de soluções como a Carteira Digital de Trânsito e a melhoria na sinalização e comunicação são passos importantes para garantir uma experiência mais eficiente e segura para os motoristas.
O debate sobre a adoção de tecnologias como o RFID continua, e o desenvolvimento de novas soluções pode ajudar a superar as limitações atuais. O objetivo é criar um sistema de pedágio que seja justo, eficiente e que contribua para a segurança nas estradas do país.
FONTE https://oantagonista.com.br/
