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Novo hormônio torna ossos mais fortes em qualquer idade

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Na última quarta-feira (10), os pesquisadores da UC San Francisco publicaram um estudo da Nature em que revelaram a descoberta de um hormônio que mantém os ossos fortes durante o período de amamentação, mas que pode ajudar a curar fraturas ósseas e até mesmo a tratar a osteoporose em qualquer idade.

Os cientistas chamam de Hormônio Cerebral Materno (CCN3), e afirmam que aumenta a densidade e a força óssea. Durante a lactação, esse hormônio aparece no cérebro feminino em neurônios adjacentes a outras células, chamadas tanicitos.

Para entender mais sobre essa interação, os autores do estudo fizeram testes com roedores. Eles perceberam que, sem a produção de CCN3 nesses neurônios, os ossos dos camundongos lactantes perderam a força e seus bebês começaram a perder peso.

Isso confirma a importância do hormônio na manutenção da saúde óssea durante a lactação. Mas um ponto importante do estudo é a descoberta de que esse hormônio fortaleceu ossos em ratos jovens, velhos, machos e fêmeas. Em alguns camundongos fêmeas que não tinham estrogênio algum ou eram muito velhos, o CCN3 foi capaz de mais que dobrar a massa óssea.

Hormônio CCN3 (vermelho) e células tanycytes (azul) (Imagem: Ambrosi et al, 2024/Nature/UCSF)

Os pesquisadores então observaram as células-tronco responsáveis ​​pela geração de novos ossos, e descobriram que, quando essas células eram expostas ao CCN3, ficavam muito mais propensas a gerar novas células ósseas.

Adesivo de hidrogel

Para testar a capacidade do hormônio de auxiliar na regeneração dos ossos, os pesquisadores criaram um adesivo de hidrogel que poderia ser aplicado diretamente no local de uma fratura, onde liberaria lentamente CCN3 por duas semanas.

O grupo se concentrou principalmente em camundongos idosos, porque neles, as fraturas ósseas geralmente não cicatrizam com muita eficiência.

E veja só: o adesivo com o hormônio CCN3 estimulou a formação óssea no local da fratura, contribuindo para a redução e regeneração.

“Nunca fomos capazes de atingir esse tipo de resultado de cura com nenhuma outra estratégia. Estamos realmente animados para dar continuidade e potencialmente aplicar o CCN3 no contexto de outros problemas, como o recrescimento da cartilagem”, afirma Thomas Ambrosi, um dos autores do estudo, em comunicado divulgado pela UCSF.

Agora, o objetivo é seguir com estudos futuros sobre os mecanismos moleculares do hormônio CCN3, principalmente durante o período de amamentação, e entender mais a fundo o potencial para tratar uma variedade de condições relacionadas aos ossos.

Fonte: NatureUCSF

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