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Investir pesado em renováveis agora seria um erro grave da Petrobrás

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“O futuro da nação está em jogo”

Escrito por Cláudio da Costa Oliveira – abril de 2023

Nomeado pelo presidente Lula para presidir a Petrobrás, Jean Paul Prates desde sua posse tem informado que pretende fazer investimentos em energias renováveis.

Senador suplente da agora governadora Fátima Bezerra pelo Estado do Rio Grande do Norte, Prates já informou que a nova diretoria ficará sediada em Natal, capital do Estado.

Neste sentido recentemente a diretoria executiva da estatal aprovou a criação da Gerência Executiva  de Transição Energética e Energias Renováveis, nomeando Marcio Tolmassquim para comanda-la.

Por outro lado a empresa já anunciou, sem muito detalhamento, que assinou um compromisso de parceria com a Shell para exploração do pre sal e da margem equatrorial ao mesmo tempo em que o atual diretor financeiro, Sergio Leite, informa às autoridades americanas (SEC) que no novo Plano Estratégico da companhia  “os investimentos devem ser financiados pelo fluxo de caixa ao nível dos pares e preferencialmente por parcerias”

Significa dizer que para cobrir suas necessidades de investimento (petróleo, refino, renováveis etc) a empresa pretende utilizar apenas sua geração de caixa e , havendo necessidade, jamais recorrer a recursos de terceiros (empréstimos) sempre a parcerias (Shell)

É preciso deixar bem claro que o que o Brasil precisa para se desenvolver é de energia a mais barata possível. Com a descoberta das reservas de petróleo (pre sal etc) o que precisamos é adequar o parque de refino para atender todo o mercado brasileiro, no menor preço possível (sem PPI), e exportar o excedente. O fluxo de caixa da Petrobrás é mais do que suficiente para cobrir estes investimentos.

Agora, se vamos usar parte deste fluxo de caixa para cobrir investimentos em renováveis, os quais não precisamos no momento, pode vir a faltar recursos para o que nos é essencial.

Vão investir pesadamente em renováveis aqueles países que não dispõem de petróleo e estão em dificuldade para adquiri-lo e ao mesmo tempo assumiram compromisso de “carbono zero” até 2050. Este não é o nosso caso.

Creio que devemos aceitar e incentivar que tais países venham investir no Brasil, aproveitando nosso sol e ventos. Naturalmente cobrando os royalties adequados

O futuro da nação está em jogo. Não podemos nos permitir decisões açodadas.

Cláudio da Costa Oliveira

Economista da Petrobrás aposentado

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