Cláudio da Costa Oliveira – novembro/2025
Toda colônia sabe, no fundo, quem realmente manda. Sabe, mas finge não saber — porque admitir dói mais do que suportar a coleira. Toda colônia obedece seu colonizador. Não por fraqueza, mas porque a regra do jogo não foi escrita por ela. Foi imposta, gentilmente, como quem oferece ajuda e cobra a casa inteira em troca.
A colônia pensa que decide, mas só escolhe entre opções permitidas. Acha que governa, mas apenas administra um território que não lhe pertence. E segue o manual, certinho, como bom aluno obediente.
Os colonizadores não gritam; não precisam. Sussurram indicadores, metas, avaliações, ratings, selos, recomendações. A colônia corre para cumprir. Se não cumpre, leva bronca do mercado, castigo do dólar, lição das agências de risco.
E assim a engrenagem gira: o colonizador define o critério, a colônia chama de “boa prática” e agradece ainda por ser explorada com eficiência.
No fim, tudo se resume a isso: quem impõe as regras leva o lucro. Quem as segue leva o discurso. Porque toda colônia obedece, sempre obedece, aquele que sabe explorar sem jamais parecer colonizador.
Observação
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