Petrobrás decepciona com Proposta que não valoriza a força de trabalho e ignora direitos
A FNP se reúne na manhã desta quarta (13/09) com dirigentes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) para fazer avaliação e balanço comum da primeira rodada de negociação.
Na terça (12), em mais de seis horas de reunião no EDISEN, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) enfim recebeu a primeira Proposta das empresas do Sistema Petrobrás (holding, Transpetro, PBIO e TBG) para o Acordo Coletivo de Trabalho 2023-2024. Conheça: ACT 2023-2024 – Primeira Proposta Petrobrás 12-09-23
“Uma proposta bem aquém, bem longe do razoável. Ela não contempla AMS, não contempla Petros, nem regime de trabalho, tampouco banco de horas, adicionais, reajuste salarial ou plano de cargos e salários, diversidade, nada”, resumiu Adaedson Costa, secretário-geral da FNP.
“A nossa expectativa minimamente não foi alcançada. Talvez a expectativa esteja alta demais, mas o sofrimento também foi alto demais nesses últimos seis anos. Nós seguramos essa empresa, conseguimos evitar a privatização. A gente merece mais e vocês podem mais”, disse Adaedson durante a mesa de negociação.
Eduardo Henrique, diretor do Sindipetro-RJ e também secretário-geral da FNP, acompanhou o tom de decepção, mas ponderou sobre a oportunidade que a proposta rebaixada traz aos petroleiros e petroleiras: “Está claro que esse copo não está meio cheio, nem meio vazio. Está quebrado!”, ironizou. “Essa proposta só serve pra medir a força da categoria, a força com que nós vamos rejeitá-la. A negociação está apenas começando, mas vamos precisar de mobilização”.
“A proposta está super rebaixada, mas também sabemos que não é essa a proposta que a Petrobrás vai trabalhar. É uma técnica de negociação que a empresa vai estender, empurrar pra frente, a gente sabe como funciona”, complementou o diretor Eduardo Henrique.
Ultratividade, já!
Na reunião, os dirigentes da FNP exigiram que a Petrobrás garanta a ultratividade já nas próximas rodadas de negociação para trazer tranquilidade à força de trabalho.
Da mesma forma que a Petrobrás está propondo a antecipação do reajuste, a FNP também chamou atenção para que ela antecipe a prorrogação do auxílio-maternidade para mães não-gestantes, pois temos várias petroleiras nesta condição e não seria razoável aguardar o desfecho do ACT.
Representação sindical na Amazônia
A primeira parte da reunião foi dedicada a tratar da disputa judicial, endossada pela Petrobrás no cumprimento imediato de uma decisão de 1ª instância, em torno do direito à representação sindical no Complexo de Urucu (AM), base legítima e legal do Sindipetro PA/AM/MA/AP.
Os dirigentes foram enfáticos em repudiar a intromissão da Petrobrás em uma questão sensível e de interesse apenas dos trabalhadores e não da empresa. “Pedimos que vocês reanalisem o que fizeram”, solicitou o secretário-geral da FNP, Adaedson Costa.
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Reconstruir a Petrobrás e Recuperar Direitos! A luta é pra valer!
Fonte Sindipetro RJ