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Acidentes em rodovias federais custam quase R$ 13 bi a cofres públicos

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Em 2022 ocorreram 64.447 acidentes em rodovias federais, que totalizaram um gasto público de R$ 12,92 bilhões, ultrapassando em quase 100% o valor de R$ 6,51 bilhões investido na malha pública federal no mesmo ano. Os dados do Painel CNT de Consultas Dinâmicas dos Acidentes Rodoviários da Confederação Nacional do Transporte, ainda apontam que 82% dos acidentes (52.948) ocasionaram óbitos ou ferimentos.

Segundo o Fundo de Segurança Viária da ONU (UNRSF), acidentes de trânsito são a principal causa de mortalidade juvenil na América Latina. Conjuntamente, os países da América Latina e do Caribe relataram 17 mortes a cada 100 mil habitantes devido a acidentes de trânsito, quase duas vezes mais que a média europeia, de 9/100 mil.

No Brasil, a taxa de mortalidade é de 19,7 por 100 mil habitantes. Motociclistas são os que estão em maior risco nas estradas do país. Nos últimos anos, algumas cidades do país conseguiram reduzir acidentes de trânsito e, por meio de campanhas de mídia e fiscalização mais rigorosa, a condução sob efeito de álcool foi reduzida. Essas são tendências encorajadoras, mas ainda há muito a ser feito para conscientizar sobre a segurança viária e mobilizar investimentos e ações tanto em nível nacional quanto local.

De acordo com o Banco Mundial, a taxa de mortalidade nas estradas de El Salvador é de 22,2 por 100 mil habitantes. Os pedestres representam quase 50% das fatalidades nas estradas. As autoridades nacionais destacam algum progresso com uma diminuição de 6% nos acidentes de trânsito em 2021, graças ao reforço de pontos de controle para regular e controlar a velocidade dos motoristas e aplicar a lei de trânsito. Os principais fatores de risco no país são o não cumprimento das regras, distração do motorista, não manter a distância, atravessar a pista e dirigir alcoolizado.

Em 2022, acidentes de trânsito foram a segunda causa de fatalidades violentas em Honduras, logo após homicídios. De acordo com o Banco Mundial, a taxa de mortalidade em Honduras é de 16,7 por 100 mil habitantes. O país relata que, em 2022, as principais vítimas de mortes devido a lesões relacionadas a acidentes de trânsito foram motoristas e pedestres (49% e 28%, respectivamente). 85% das vítimas são homens, sendo que homens com idade entre 18 e 30 anos representam 30% de todas as mortes. 59% das fatalidades de acidentes de trânsito foram relatadas de sexta a domingo, e quase 40% dos acidentes ocorrem à noite (das 19h às 23h).

De acordo com o Banco Mundial, a taxa de mortalidade no Paraguai é de 22,7 por 100 mil habitantes. Como em muitos países do mundo, acidentes de trânsito são a principal causa de morte de jovens de 5 a 29 anos, enquanto lesões causadas por acidentes de trânsito aumentaram nos últimos cinco anos. Segundo a Agência Nacional de Trânsito e Segurança Viária (ANTSV) do Paraguai, 248 pessoas morreram nas estradas do Paraguai no primeiro trimestre de 2023 e houve 1.531 feridos. 71% das vítimas pertencem ao grupo etário de 18 a 29 anos, a força ativa do país. As principais causas de acidentes fatais são colisões com veículos, seguidas por acidentes envolvendo motocicletas, bicicletas e pedestres.

Além da tragédia humana, os acidentes de trânsito contribuem para manter os países em um círculo vicioso de pobreza. De acordo com o Banco Mundial, o custo dos acidentes de trânsito representa 7,5% do PIB no Paraguai, 5,5% em Honduras, 6,6% no Brasil e 7,4% em El Salvador, outro motivo para repensar a mobilidade e investir na segurança viária.

Fonte Monitor Mercantil – Acidente de automóveis (Foto: Renato Araújo/ABr)

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