A ideia de uma “favela” na Suíça soa como uma contradição para quem conhece a reputação de riqueza e organização do país, mas vídeos recentes viralizaram ao mostrar o que seriam as áreas mais pobres de Basileia. A realidade, no entanto, revela um conceito de pobreza radicalmente diferente do imaginário brasileiro, onde a dignidade e a infraestrutura urbana permanecem intactas mesmo nas rendas mais baixas.
A principal diferença nessas regiões, como Klybeck ou áreas próximas às fronteiras, não é a falta de saneamento, mas sim a densidade populacional e o tamanho dos apartamentos. Enquanto os bairros nobres são silenciosos e desertos, as zonas populares pulsam com vida, crianças brincando na rua e uma forte interação comunitária, algo raro na cultura suíça tradicional.

Quem são os moradores dessas comunidades?
A demografia desses locais é marcada pela diversidade cultural, sendo o lar predominante de imigrantes turcos, africanos, asiáticos e latinos que buscam oportunidades no país. A presença multicultural transforma a paisagem urbana, com mercadinhos étnicos, barbearias movimentadas e um código de convivência mais caloroso e barulhento do que no restante da cidade.
O clima continental exige adaptação o ano todo
A vida em Basileia é ditada pelas estações bem marcadas, que influenciam desde o trânsito até as atividades de lazer nas margens do Rio Reno. Preparar-se para o inverno rigoroso e aproveitar os dias longos de verão é essencial para a integração na rotina local.
Confira os dados baseados no monitoramento do Climatempo para entender a dinâmica anual:
A habitação social é sinônimo de precariedade?
Definitivamente não; os complexos habitacionais, muitas vezes destinados a refugiados ou trabalhadores de baixa renda, são mantidos com rigorosa limpeza e manutenção. O conceito de “favela” é desconstruído ao observar que não há construções irregulares, esgoto a céu aberto ou domínio de facções, mas sim um Estado presente que subsidia a moradia.
Basileia prova que desigualdade não significa miséria
Escolher viver nessas áreas é, muitas vezes, uma decisão financeira inteligente para quem está começando a vida no país mais caro do mundo. A experiência de morar ali oferece uma lição sobre dignidade humana, provando que políticas públicas eficientes podem eliminar a miséria extrema mesmo onde há disparidade de renda.
Visitar esses bairros é encontrar a verdadeira face cosmopolita da Suíça, longe dos cartões-postais de montanhas e chocolates.
- Mito Desfeito: A “favela” suíça possui saneamento, transporte de ponta e segurança total.
- Vantagem Fronteiriça: Morar em Basileia permite viver na Suíça com custos de supermercado da Alemanha.
- Comunidade Vibrante: A mistura de nacionalidades cria um ambiente acolhedor para novos imigrantes brasileiros.
Fonte https://www.correiobraziliense.com.br/