A nova política de preços da Petrobras para o gás natural representou uma redução da ordem de 5% nas tarifas para as indústrias e postos de GNV no Rio de Janeiro, informou nesta segunda-feira (03/06) a Naturgy, controladora das concessionárias CEG e CEG Rio.
As tarifas do gás no Rio foram atualizadas no dia 1º de junho, para refletir os novos custos de aquisição da molécula.
Segundo a Naturgy, CEG e CEG Rio foram as primeiras distribuidoras de gás canalizado beneficiadas pelas novas regras de precificação da Petrobras, que acenou para descontos nos contratos vigentes.
A Agenersa, a agência reguladora fluminense, aprovou uma redução média de 4,92% para as indústrias (na faixa de 100 mil m3/dia) na Região Metropolitana (CEG); de 5,15% para postos de GNV; de 1,97% para o segmento residencial; e de 2,04% para o comercial.
Já no interior do estado, na área de concessão da CEG Rio, a redução média nas tarifas foi de 5,22% para indústrias; de 5,38% para postos de GNV; 2,54% para residências; e de 5,38% no comércio.
Petrobras reage à concorrência
A estatal deu uma resposta aos concorrentes, ao anunciar, em maio, uma nova política de preços que promete baratear o gás natural para distribuidoras e oferecer produtos mais customizados – e competitivos – no mercado livre.
No mercado cativo, a petroleira prometeu reduzir em até 10% o preço da molécula nos contratos vigentes.
Às distribuidoras, a estatal sinalizou que o desconto, válido até o fim de 2025, seria dado apenas para uma parcela do volume contratado: 60% da quantidade diária contratada seguirá atrelada às condições vigentes e os outros 40% à nova precificação.
Em nota, a Naturgy confirmou que, pelas novas regras, haverá uma redução do valor da molécula que ultrapassar 60% da quantidade contratada até o limite de 105% da mesma.
O impacto no preço vai variar de concessão para concessão, a depender das condições contratuais de cada distribuidora.
Havia a expectativa de que a CEG e CEG Rio, que têm contratos caros, a 13,5% do Brent em 2024, seriam algumas das distribuidoras a ter uma economia mais perceptível.
Na contramão da queda de preços da molécula, as tarifas de transporte da NTS, no Sudeste, devem passar por um aumento expressivo de 26% na entrada e de 7% na saída do sistema a partir de junho.
Os mais afetados pelo choque tarifário, contudo, são empresas como Equinor, Galp e Shell – e não a Petrobras, a única supridora da CEG e CEG Rio.
Autor/Veículo: EPBR