Por Andre Romani e Marta Nogueira
SÃO PAULO (Reuters) – A Petrobras (BVMF:PETR4) aumentará em 6,58% o preço médio de venda do diesel às distribuidoras a partir de sábado, ao mesmo tempo que reduzirá o valor da gasolina em 4,1%, informou a petroleira nesta quinta-feira, nos primeiros reajustes em cerca de dois meses.
O preço médio do diesel A às distribuidoras será elevado em 0,25 real por litro, para 4,05 reais, segundo a companhia. Já o valor médio da gasolina A cairá 0,12 real por litro, para 2,81 reais, disse a Petrobras.
“Neste momento, os fundamentos dos mercados externo e interno, assim como os parâmetros da estratégia comercial da Petrobras que busca a prática de preços competitivos por produto e local resultaram em movimentos distintos para cada produto”, afirmou a Petrobras em comunicado em seu site.
A companhia disse que o fim do período sazonal de maior demanda global por gasolina gera maior disponibilidade e desvalorização do produto frente ao petróleo, enquanto, no diesel, há uma demanda global sustentada, com expectativa de alta sazonal, o que leva à valorização ante a commodity.
“Estando a Petrobras no limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares, torna-se necessário realizar o ajuste, visando reequilíbrio com o mercado e com os valores marginais para a Petrobras”, acrescentou a empresa.
No início do mês, o presidente da petrolífera, Jean Paul Prates, disse que a empresa estava avaliando a possibilidade de um novo reajuste de preços de diesel e gasolina antes do fim do ano.
A última vez que a Petrobras havia reajustado preços de diesel e gasolina foi em meados de agosto, quando aumentou o valor médio a distribuidoras em 25,8% e 16,3%, respectivamente.
Para o head na área petróleo, gás e renováveis da StoneX, Smyllei Curcio, o reajuste do diesel “foi coerente” com a metodologia utilizada pela consultoria, embora o momento não fosse muito previsível. No caso da gasolina, disse ele, o valor estava muito próximo do praticado no mercado internacional. “Não enxergávamos um ajuste (no momento)”.
Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, escreveu, em nota a clientes, que após os reajustes o preço da gasolina precisaria subir 0,30 real e o diesel 0,35 real para se equiparar aos níveis internacionais.
O repasse de reajustes de preços da Petrobras aos consumidores finais, nos postos, não é imediato e depende de uma série de fatores como margem da distribuição e revenda, adição de biocombustíveis e impostos.
No ano, os preços de venda de diesel para as distribuidoras acumulam redução de 0,44 real por litro, enquanto, no caso da gasolina, a queda é de 0,27 real por litro, de acordo com a Petrobras.
FONTE INVESTING