PT abre brecha para alianças com PL em 2024, e veto somente a ‘projeto bolsonarista’ divide o diretório nacional
Com divergência em seu diretório nacional, o PT aprovou uma resolução para as eleições municipais de 2024 abrindo brecha para alianças com o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. O documento foi divulgado pelo partido nesta quarta-feira. Dirigentes petistas defendem acordos com o PL nos municípios onde houver interesses convergentes — no Rio, como O GLOBO mostrou nesta quarta-feira, há sondagens em andamento entre os dois partidos em municípios da Baixada Fluminense e da Região Metropolitana.
- Estratégia: Partidos de Lula e Bolsonaro costuram acordos no Rio para as disputas municipais de 2024
- A resolução do PT em seis pontos: Veto a bolsonaristas, reeleição de Lula e sucessão de indiretas
Em reunião do diretório nacional na segunda-feira, a cúpula do PT apresentou uma proposta de resolução que, entre outros pontos, veta alianças com “candidatos e candidatas identificados com o projeto bolsonarista”. Houve uma tentativa, noticiada pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmada pelo GLOBO, de endurecer o texto, para proibir que candidatos petistas apoiassem ou fossem apoiados por integrantes do PL nas próximas eleições municipais.
Militância do PT se reúne na Avenida Paulista depois da votação do primeiro turno
A sugestão de um veto mais rígido ao PL foi encabeçada pelo historiador Valter Pomar, uma das lideranças da corrente interna Articulação Esquerda, e abraçada por outras correntes minoritárias no diretório nacional. Detentora da maioria das cadeiras no diretório, a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), integrada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, barrou a mudança no texto e manteve a restrição apenas ao que for enquadrado como “projeto bolsonarista”, sem especificar filiação partidária. A CNB reúne outras das principais lideranças do PT, incluindo a presidente do partido, Gleisi Hoffmann.
A sugestão de um veto mais rígido ao PL foi encabeçada pelo historiador Valter Pomar, uma das lideranças da corrente interna Articulação Esquerda, e abraçada por outras correntes minoritárias no diretório nacional. Detentora da maioria das cadeiras no diretório, a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), integrada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, barrou a mudança no texto e manteve a restrição apenas ao que for enquadrado como “projeto bolsonarista”, sem especificar filiação partidária. A CNB reúne outras das principais lideranças do PT, incluindo a presidente do partido, Gleisi Hoffmann.
O documento aprovado pelo PT também menciona que esse tipo de violência, além de atingir “a população mais jovem, pobre e preta”, também atinge “os próprios policiais”, e diz que cabe ao partido “ajudar nesse debate e em seus desdobramentos”.
A menção à violência policial ocorre em um momento em que a Bahia, estado governado ininterruptamente pelo PT nos últimos 14 anos, é palco de índices elevados de mortes violentas e de letalidade provocada por ação policial. Ex-governador e ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT) disse “não reconhecer” dados levantados por entidades não governamentais que apontam a escalada da violência no estado. O atual governador, Jerônimo Rodrigues (PT), chamou de “irresponsabilidade” as críticas e denúncias envolvendo a atuação da Polícia Militar baiana.