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28 de abril, dia da “Mãe de Todas as Mentiras”

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“Uma “fake news” de sucesso contra Petrobrás”

Escrito por Cláudio da Costa Oliveira 28 de abril 2023

Há exatos 7 anos, em 28 de abril de 2016, ainda no governo Dilma, os jornais das filiadas da Globo em todo o Brasil, divulgavam artigo do jornalista Carlos Alberto Sardenberg com o título “Enterrar de novo o populismo” onde ele afirmava sobre a Petrobrás (sic)

  “Quebraram a estatal. Vamos falar francamente: a Petrobras só não está em pedido de recuperação judicial porque é estatal. Todo mundo espera que, em algum momento, o governo imprima dinheiro para capitalizar a empresa.”

Fez as afirmações sem apresentar qualquer número e mesmo assim, com o poder da Globo, a mentira virou verdade e até hoje é repetida.

A Petrobrás nunca fez qualquer pedido de recuperação judicial muito menos precisou de aportes do governo, pelo contrário, em 2016 adiantou R$ 20 bilhões para o BNDES, aliviando o caixa do banco. Tinha a receber US$ 5 bilhões da Eletrobrás por venda de gás, divida que o governo mandava manter em “banho maria” para não dificultar a estatal da eletricidade.

Além disto, terminou 2016 tendo a receber mais de US$ 11 bilhões, referentes a ativos vendidos pelo Bendine e com um caixa superior a US$ 20 bilhoes. QUE EMPRESA QUEBRADA É ESTA ?

E tem mais. A Petrobrás fechou 2016 com um índice de Liquidez Corrente (que mostra a capacidade da empresa cumprir com seus compromissos ) de 1,80. O que significa dizer que para cada R$1,00 que a empresa tinha a pagar ela dispunha de R$ 1,80.  Registrou uma Geração Operacional de Caixa de US$ 26 bilhões, naquele ano superior a todas as outras grandes petroleiras (Exxon, Chevron, Shell, BP e Total).

Mas este artigo de Sardenberg foi apenas o ápice da mentira, que já vinha sendo disseminada  por Miriam Leitão e pelo próprio Sardenberg desde 2015.

Como Sardenberg e Miriam nunca apresentaram qualquer número, muitos começaram a concluir por conta própria : “A CORRUPÇÃO APONTADA NA LAVA JATO HAVIA QUEBRADO A EMPRESA”,     ou, “O SUBSIDIO DADO AOS COMBUSTIVEIS ERA O RESPONSÁVEL” 

Nada disto. Apesar de serem fatos relevantes, não foram capazes de afetar financeiramente a companhia. Na verdade a Petrobrás nunca sequer passou perto de ter algum problema financeiro, por menor que fosse.

A Petrobrás registrou lucros de 2003 até 2013 e pagou muitos dividendos aos acionistas. Em 2014 e 2015 foram feitos “impairments”, que são ajustes contábeis que não afetam o caixa da empresa. Entre 2009 e 2016 a Liquidez Corrente da companhia jamais foi inferior 1,50 e a Geração Operacional de Caixa sempre superior a US$ 25 bilhões.

QUAIS OS OBJETIVOS DA MENTIRA

Como qualquer país do mundo, para ser mais competitivo e obter crescimento sustentável, o Brasil tem de buscar oferecer energia ao conjunto de sua sociedade aos preços mais baixos possíveis.

O Brasil sempre foi carente de petróleo, principalmente petróleo de qualidade. Com a descoberta do pre sal e a Petrobrás estruturada como estava (parque de refino, rede de dutos e estrutura de distribuição) era de se prever que em pouco tempo o país contaria com combustíveis aos preços mais baixos do mundo. Isto provocaria um “boom” de crescimento.

A mentira veio para defender interesses externos, não só sobre as reservas descobertas, bem como impedir um crescimento exponencial da economia brasileira.

A mentira veio para justificar perante a opinião pública brasileira a destruição da empresa que era o alicerce para o salto qualitativo. Como a empresa estava “quebrada” ficava fácil convencer a população da necessidade da venda de seus ativos, para supostamente cobrir uma dívida “impagável”, bem como da criação de uma política de preços (PPI) que tornassem os preços dos combustíveis os mais altos possíveis.

 

POR QUE A MENTIRA PROSPEROU ?

Neste caso, a defesa da companhia caberia em primeiro lugar à sua administração que , conhecendo os números verdadeiros, deveria exigir imediato e equivalente direito de resposta. Nada foi feito. Seria omissão ou conivência ?

Tudo indica que foi conivência pois, no final de 2014 , em plena administração  petista, foi divulgado um Plano de Negócios (2015/2019) considerando a venda de mais de US$ 57 bilhões de ativos da empresa.

Em 2015 os preços praticados pelas refinarias da Petrobrás chegaram a estar 70% acima dos internacionais (poucos tem conhecimento disto), fazendo a festa dos importadores e prejudicando os consumidores brasileiros e nossa economia

Até hoje o Partido dos Trabalhadores (PT) jamais defendeu o nome da companhia e a mentira permanece sendo repetida.

CONCLUSÃO

Num país onde politicamente oposição e situação se unem para destruí-lo, quem vai salva-lo ?

Se a própria empresa não quer se defender. Quem vai defende-la ?

O Partido dos Trabalhadores (PT) insiste com a retórica de que todos os problemas na Petrobrás foram criados depois do “golpe”, com a cassação de Dilma. Querem retirar da história da companhia a enorme corrupção e as ações da dupla Dilma/Bendine.

Esperamos que a Lei 2630 das “Fake News”, que  recentemente ganhou regime de urgência na Camara Federal e deverá ser votado na próxima 3º feira,  venha a alcançar e punir os responsáveis pela “Mãe de Todas as Mentiras”

Cláudio da Costa Oliveira

Economista da Petrobrás aposentado

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