Estado corre contra a seca, perfura 22 poços em menos de 50 dias, joga 658 mil litros por hora na rede e finalmente leva água forte para cidades sofrendo há anos, sem parar

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Águas do Piauí antecipa poços, reforça o abastecimento de água e acelera o Plano de Enfrentamento à Estiagem para socorrer cidades do Piauí em plena seca.

Em outubro de 2025, a Águas do Piauí antecipou investimentos, perfurou dezenas de poços, ampliou o abastecimento de água em 658 mil litros por hora nos sistemas urbanos e acelerou o Plano de Enfrentamento à Estiagem para socorrer cidades do Piauí mais afetadas pela seca prolongada e crescente em colapso

Em 23 de outubro de 2025, a Águas do Piauí informou que 22 novos poços já estavam em operação, injetando mais de 658 mil litros de água por hora nas redes que abastecem municípios de Norte a Sul do Estado. A medida faz parte do Plano de Enfrentamento à Estiagem, lançado em setembro, que antecipou investimentos previstos originalmente apenas para 2026 e 2027 para responder à seca mais severa e mais precoce deste ano.

Desde que assumiu a operação dos sistemas de fornecimento de água nas 184 cidades sob sua responsabilidade, a concessionária afirma ter realizado centenas de ações para reduzir os impactos da estiagem, com foco em ampliar vazão, estabilizar a pressão e garantir água contínua em bairros que passavam anos dependendo de madrugadas para encher baldes e caixas d’água. Os novos poços são o eixo central dessa estratégia, reforçando o abastecimento de regiões urbanas e comunidades em situação crítica.

Como os novos poços foram usados para acelerar o combate à seca

Águas do Piauí antecipa poços, reforça o abastecimento de água e acelera o Plano de Enfrentamento à Estiagem para socorrer cidades do Piauí em plena seca.

Segundo o diretor executivo da concessionária, Danilo Almeida, a empresa decidiu antecipar investimentos em poços que só aconteceriam em 2026 e 2027 para evitar colapso no abastecimento durante o atual B-R-O-Bró.

Essa antecipação permitiu concentrar equipes de perfuração, testes de vazão, instalação de bombas e interligação imediata desses poços às redes já existentes.

Na prática, cada novo poço perfurado representa mais água entrando no sistema por hora, diminuindo o risco de rodízios e de desabastecimento prolongado em áreas mais altas ou distantes dos reservatórios.

O volume adicional de 658 mil litros por hora não elimina o desafio hídrico do Piauí, mas amplia a margem de segurança para que a água chegue com força e constância às torneiras de milhares de moradores.

Cidades atendidas e mudança no dia a dia das famílias

Os 22 poços já conectados ao sistema reforçam o abastecimento de cidades de diferentes regiões, como Fartura do Piauí, Simplício Mendes, Uruçuí, Várzea Branca, Marcos Parente, Riacho Frio, Altos, Demerval Lobão, Barro Duro, Monsenhor Gil, Bom Jesus, Nazaré do Piauí, Pavussu, Picos, Rio Grande do Piauí, Santa Rosa do Piauí, Sebastião Leal e Dom Expedito Lopes.

Em cada um desses municípios, a entrada em operação dos poços muda a rotina de quem convivia com água fraca e horários restritos de distribuição.

Moradores de bairros como Cidade Nova 3, em Demerval Lobão, relatam que antes era preciso acordar de madrugada para aproveitar os poucos momentos de água na rede e encher dois ou três baldes para o consumo do dia seguinte.

Em Picos, famílias de localidades como Morro da Macambira contam que passaram quase dez anos lavando roupa às 2h ou 3h da manhã para aproveitar a pressão mínima disponível.

Com os novos poços ligados, os relatos apontam para água constante e com pressão suficiente ao longo do dia.

65 poços previstos, 42 perfurados e o desafio dos poços secos

O plano do segundo semestre prevê 65 poços perfurados, dos quais 42 já foram concluídos.

Entre esses, 22 estão operando e 10 seguem em fase de estruturação, com obras de acabamento, ligação elétrica, testes de qualidade da água e integração às redes.

Os outros 10 poços foram classificados como secos, quatro na região do Cerrado e seis no Semiárido, sem vazão suficiente para exploração.

A existência de poços secos evidencia o desafio hídrico do semiárido piauiense, onde a água é escassa tanto em superfície quanto no subsolo.

Mesmo assim, a concessionária afirma que continua redirecionando equipes e recursos para identificar novas áreas de perfuração, reforçar reservatórios e ajustar manobras operacionais, sempre com foco em transformar o máximo possível de poços perfurados em fontes efetivas de abastecimento.

Impacto dos poços na segurança hídrica em pleno B-R-O-Bró

Em um cenário de seca intensa, o reforço de 658 mil litros por hora significa mais estabilidade para sistemas já pressionados pela demanda e pelo calor, além de reduzir a dependência de caminhões-pipa e soluções emergenciais.

Com os 22 poços em operação, a expectativa da Águas do Piauí é atravessar o B-R-O-Bró com menos episódios de torneiras secas e menor necessidade de rodízios prolongados.

Ao mesmo tempo, a empresa admite que os poços não resolvem sozinhos o problema estrutural da estiagem, sobretudo no Semiárido, onde a recarga dos aquíferos depende de chuvas cada vez mais irregulares.

Por isso, a estratégia combina perfuração, antecipação de investimentos, monitoramento dos poços secos e planejamento de novas alternativas para que o interior do Estado não volte ao patamar de sofrimento hídrico vivido por muitas famílias na última década.

Diante de um plano que antecipa investimentos e aposta em poços para reforçar o abastecimento no auge da seca, você acha que os Estados deveriam priorizar mais obras de captação subterrânea ou investir primeiro em reservatórios e redes para aproveitar melhor cada litro de água disponível?

Fonte https://clickpetroleoegas.com.br/

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