Idosos têm até 14/02 para desbloquear valor adicional na aposentadoria

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O Governo Federal decidiu prorrogar até 14 de fevereiro de 2026 o prazo para que aposentados e pensionistas solicitem o ressarcimento de valores descontados indevidamente de seus benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O anúncio foi feito nesta segunda-feira (8) pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS), durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS.

O limite anterior terminaria em 14 de novembro, mas, segundo Pimenta, o Ministério da Previdência Social optou por estender o período para assegurar que todos os lesados tenham tempo suficiente para registrar o pedido. A medida será oficializada nesta terça-feira (9) pelo ministro Wolney Queiroz.

Milhões já receberam, mas muitos ainda desconhecem o direito

De acordo com o deputado, 3,7 milhões de beneficiários já foram ressarcidos, totalizando R$ 2,5 bilhões devolvidos até agora. No entanto, o governo estima que 4,8 milhões de aposentados e pensionistas ainda estejam aptos a solicitar a devolução.

Pimenta destacou que uma parte significativa das vítimas sequer sabe que foi alvo do golpe: “Temos que fazer um esforço de esclarecimento, porque muitos aposentados não perceberam que foram roubados.”

A extensão do prazo, segundo ele, busca facilitar o acesso ao ressarcimento, evitando a necessidade de entrar na Justiça.

Entenda o golpe

Os descontos indevidos foram descobertos pela Operação Sem Desconto, da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU). As investigações apontam fraudes em Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) assinados entre o INSS e associações que teriam usado cadastros e sistemas próprios para criar autorizações falsas em nome dos segurados.

O caso levou ao afastamento de parte da cúpula do instituto em abril.

Como pedir a devolução

Os aposentados e pensionistas podem solicitar o ressarcimento pelos canais oficiais:

  • Meu INSS (aplicativo ou site), com login Gov.br
  • Telefone 135, gratuito de segunda a sábado, das 7h às 22h
  • Agências dos Correios, que oferecem assistência gratuita em mais de 5 mil unidades

Depoimento esvaziado na CPMI

Durante a sessão desta segunda-feira, a CPMI ouviu o empresário Igor Dias Delecrode, da Associação de Amparo Social do Aposentado e Pensionista (AASAP), investigada por suspeita de criar um sistema próprio de biometria para forjar assinaturas e realizar descontos irregulares.

Amparado por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Delecrode permaneceu em silêncio na maior parte das perguntas dos parlamentares.

Fonte https://www.tnh1.com.br/

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