Empresários são denunciados por venda de combustível adulterado; posto investigado por ligação com PCC

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Empresários são investigados na Operação Carbono Oculto. Ministério Público do Piauí pede condenação dos suspeitos e pagamento mínimo de R$ 500 mil por danos morais coletivos.

O Ministério Público do Piauí (MPPI) denunciou os empresários Haram Santhiago Girão Sampaio e João Revoredo Mendes Cabral Filho, por venda de combustível adulterados no posto HD 11, em Lagoa do PiauíO estabelecimento foi alvo da Operação Carbono Oculto.

Segundo o MPPI, os empresários comercializaram óleo diesel S-500B fora das normas técnicas e regulamentares da Agência Nacional do Petróleo (ANP). A fiscalização que constatou a comercialização ocorreu em 21 de março de 2023.

O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) identificou que o combustível apresentava turbidez, excesso de água e violava padrões obrigatórios de qualidade, o que representa risco ao consumidor e infração à legislação.

Ainda conforme o MPPI, Haran Santhiago, administrador do posto, e João Revoredo, responsável técnico, teriam agido em conjunto para permitir a comercialização.

Durante a fiscalização, foram encontrados tanques expostos em obras, aumentando o risco de contaminação do produto.

A denúncia também destacou que os empresários são investigados na Operação Carbono Oculto e pediu a condenação dos suspeitos, com pagamento mínimo de R$ 500 mil por danos morais coletivos, valor que deve ser destinado ao Fundo Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (FPDC).

Operação Carbono Oculto

A operação Carbono Oculto foi deflagrada no dia 5 de novembro em diversas cidades do Piauí, Maranhão e Tocantins. A ação investigou um esquema de lavagem de R$ 5 bilhões ligado à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Na época, 49 postos foram interditados.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Piauí, o grupo usava postos de combustíveis, empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para lavar dinheiro para a facção ocultar patrimônio.

Entre os bens apreendidos estavam um Porsche de R$ 550 mil e um avião modelo Cessna Aircraft 210M, que pertencem ao empresário Haran Santhiago. Outros três aviões não foram localizados durante o cumprimento de mandados de busca.

Postos de combustíveis interditados pela Operação Carbono Oculto 86 — Foto: Divulgação/SSP-PI

Postos de combustíveis interditados pela Operação Carbono Oculto 86 — Foto: Divulgação/SSP-PI

fonte https://g1.globo.com/ *Vitória Bacelar, estagiária sob supervisão de Ilanna Serena.

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