Conheça os 6 golpes mais usados em postos de combustível — bombas adulteradas, preço divergente, combustíveis falsificados e como se proteger disso no seu dia a dia.
Abastecer parece algo tão simples quanto encher o tanque — mas há armadilhas bem práticas à espreita nos postos. Muitos dos golpes mais comuns são feitos com detalhes sutis, imperceptíveis para quem não está atento. Aqui, você vai descobrir os seis truques que mais roubam seu dinheiro no abastecimento e como se proteger deles.
Bomba “chipada” ou “bomba baixa” — o visor mostra mais do que entrega
Uma das fraudes mais clássicas: o visor da bomba exibe um volume maior do que o combustível efetivamente entregue ao tanque. Isso pode ocorrer por chips ou dispositivos eletrônicos escondidos dentro da bomba ou por defeitos maliciosos no sistema. Alguns casos relatados apontam erros de até 30% ou mais.
Como se proteger: peça para ver o visor zerado antes de começar; fique de olho se o indicador de litros “pulou” de repente; observe se ao olhar no visor do carro (hidrométrico) bate com o que foi mostrado na bomba.
Combustível adulterado — água, solventes ou excesso de álcool
Misturar água, solventes ou etanol em proporções maiores que o permitido diminui a qualidade do combustível e pode danificar componentes internos do motor (bomba de combustível, injetores, sensores). Alguns motoristas só percebem o golpe quando o carro começa a “engasgar” ou perder rendimento.
Dica de defesa: preferir postos de bandeira reconhecida e com fiscalização, observar a diferença de preço muito abaixo do mercado, ficar atento a mudança de cor ou cheiro forte logo após abastecer.
Interrupção antecipada do abastecimento
Em alguns casos, o frentista corta o abastecimento antes que o tanque esteja cheio — parada intencional — e cobra como se tivesse completado. O cliente não percebe porque confia no desligamento automático da bomba ou não acompanha visualmente.
Proteja-se assim: observe se o bico da bomba desliga automaticamente quando o tanque atinge o ponto interno; compare o nível do indicador de volume do carro com o que foi mostrado na bomba.
Preço divergente entre bomba e caixa
Outro golpe aparentemente simples, mas que engana muitos: o valor cobrado no caixa diverge do valor exibido na bomba. Pode ser um centavo a mais por litro ou o total muito acima do que o visor indicava.
Como evitar isso: antes de pagar, confirme o valor por litro e o total que está sendo cobrado com o que está no seu visor e na nota fiscal. Se houver diferença, exija correção ou recuse o pagamento até que seja explicado.
Troca de óleo ou serviço “obrigado” como “brinde”
Muitos postos “oferecem” ou “recomendam fortemente” serviços adicionais — troca de óleo, filtro, aditivos — como se fossem complementos obrigatórios ao abastecimento, mesmo quando não são necessários. É uma pressão para gerar receita extra.
Fique atento: use apenas o que o manual do seu carro recomenda, consulte a periodicidade real de manutenção e evite aceitar serviços no ato do abastecimento sem orçamento prévio.
Dispositivos ocultos na bomba ou mangueira
Há casos em que dispositivos ocultos são acoplados à bomba ou mangueira para interferir no fluxo ou na leitura, de modo que o volume entregue efetivo seja menor. O visor pode parecer normal, mas o dispositivo adulterado desvia ou retém parte do combustível.
O que fazer: observe visualmente a mangueira e a base da bomba para ver algo estranho (emendas, fios, caixas escondidas); se desconfiar, peça inspeção ou recuse, usando outro posto.
Por que esses golpes persistem no Brasil
As falhas na fiscalização, o alto custo da operação de postos, a concorrência agressiva e a vulnerabilidade de muitos equipamentos criam um ambiente fértil para fraudes. Alguns motoristas mantém desconfiança das marcas menores, o que facilita que postes “sem bandeira” cometam tais práticas sem grande repercussão.
Também há o elemento psicológico: em meio ao ato cotidiano de abastecer, muitos motoristas fazem o processo “no automático”, sem observar os detalhes — o que torna esses golpes mais fáceis de passarem despercebidos.
Como agir se você for vítima ou suspeitar de golpe
- Peça sempre nota fiscal com todos os detalhes (litros, valor por litro).
- Fotografe o visor da bomba antes e durante o abastecimento.
- Denuncie ao Procon estadual ou municipal, à Polícia Civil ou à Agência Nacional do Petróleo (ANP) com a nota fiscal como prova.
- Prefira abastecer em postos de bandeira conhecida que costumam ter mais fiscalização.
- Compartilhe informações com amigos e redes sociais — evidenciar casos ajuda a reduzir a impunidade.
Fonte https://clickpetroleoegas.com.br/