Profissão incomum envolve meses longe da família, mas permite se aposentar bem mais cedo

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Enquanto a maioria dos trabalhadores brasileiros cumpre o tradicional expediente das 9h às 18h, milhares de profissionais vivem uma rotina bem diferente: passam semanas embarcados em plataformas de petróleo, navios cargueiros ou sondas, a quilômetros da costa.

O deslocamento até o “local de trabalho” é feito de helicóptero, e a jornada costuma seguir o regime 14×14 — duas semanas em alto-mar seguidas de duas semanas de folga. A vida embarcada desperta curiosidade nas redes sociais, onde trabalhadores compartilham os bastidores da profissão e atraem desde jovens em busca de oportunidades até pessoas que querem entender como é o cotidiano longe da terra firme.

Vantagens de quem escolhe o mar

Entre os atrativos da carreira estão o contato com diferentes culturas, já que as tripulações costumam reunir profissionais de várias nacionalidades, e a possibilidade de economizar, já que alimentação e moradia são fornecidas a bordo.

Outro destaque é o regime de trabalho, que permite períodos longos de descanso — algo raro em outras áreas. Além disso, a estabilidade da carreira marítima também pesa na escolha: com 90% do comércio mundial circulando por vias marítimas, a demanda por trabalhadores embarcados segue elevada.

Mas talvez o benefício mais desejado seja a aposentadoria especial, prevista em lei para quem comprovar pelo menos 25 anos de trabalho embarcado em condições nocivas. Isso porque a atividade expõe o trabalhador a riscos físicos, como ruídos constantes, vibrações, frio, calor excessivo e baixa circulação de ar, além de riscos biológicos em contato com cargas e tripulações de diversas partes do mundo.

Aposentadoria antes do tempo

Antes da reforma da Previdência de 2019, a aposentadoria especial era considerada uma das mais vantajosas: não havia idade mínima, e o benefício correspondia a 100% da média dos salários de contribuição. Assim, um trabalhador que começasse a carreira aos 18 anos poderia se aposentar aos 43.

Com as novas regras, as condições mudaram. Hoje, o cálculo leva em conta 100% dos salários de contribuição, e o valor do benefício parte de 60% da média, com acréscimo de 2% a cada ano que ultrapasse 20 anos de contribuição para homens e 15 anos para mulheres.

Se, por um lado, a carreira garante vantagens financeiras e previdenciárias, por outro exige sacrifícios. Os embarcados enfrentam longas jornadas, turnos irregulares e trabalho físico pesado em ambientes que podem variar do calor extremo ao frio intenso.

fonte https://diariodocomercio.com.br/

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