Inglaterra aprova novo tratamento que pode dobrar sobrevida de pacientes com câncer de bexiga

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Terapia com anticorpos combinados é considerada o avanço mais promissor em décadas contra a doença

O National Health Service (NHS), o sistema de saúde público da Inglaterra, aprovou para uso a partir desta quinta-feira (21) um tratamento com anticorpos combinados que aumenta significativamente as taxas de sobrevivência e remissão em casos de câncer de bexiga. Cerca de 1.250 pacientes por ano poderão recebê-lo.

Em comunicado, o órgão afirma que, em ensaios clínicos, pessoas com a doença na forma metastática (que se espalhou) viveram até o dobro do tempo quando receberam a terapia, em comparação àquelas que receberam quimioterapia normal.

Os medicamentos utilizados são o enfortumabe vedotina, que ataca diretamente as células cancerígenas e as mata, e o pembrolizumabe, imunoterapia que ajuda o sistema imunológico a reconhecer e combater as células cancerígenas restantes.

Eles são administrados por meio de infusão intravenosa em pessoas cujo câncer de bexiga se espalhou para outras partes do corpo ou não pode ser removido cirurgicamente.

O câncer de bexiga é difícil de tratar com quimioterapia padrão, com expectativa de vida para pessoas com câncer de bexiga metastático de pouco mais de um ano.

Avanço promissor

A nova abordagem, de acordo com o NHS, aumentou a sobrevivência de cerca de 1,5 anos com quimioterapia para mais de 2,5 anos. A duração do tratamento que manteve o câncer sob controle também mais que dobrou: de pouco mais de 6 meses para 1,5 anos.

Além disso, quase 30% dos pacientes não apresentaram traços detectáveis ​​de câncer no corpo após o tratamento com enfortumabe vedotina e pembrolizumabe, em comparação com 12,5% com quimioterapia.

“Este é um dos avanços mais promissores em décadas para pessoas com câncer de bexiga, que agora receberão um tratamento que pode quase dobrar suas chances de sobrevivência, ajudando milhares de pessoas a viver mais e dando-lhes momentos mais preciosos com seus entes queridos”, disse Peter Johnson, diretor clínico nacional de câncer do NHS England.

E ele completou: “O câncer de bexiga costuma ser difícil de tratar depois que se espalha, mas esta nova terapia é a primeira em anos a realmente ajudar a interromper o avanço da doença, e nossa implementação para pacientes do NHS fará uma enorme diferença na vida dos afetados e de suas famílias”.

Fonte https://epocanegocios.globo.com/

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