O preço do café registrou a primeira queda em 18 meses, trazendo um alívio nas prateleiras dos consumidores. Em julho de 2025, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apontou que o café moído caiu 1,01% no Brasil.
Essa redução ocorre após um período de aumentos constantes, onde o produto quase dobrou de preço, alcançando uma alta de 99,46% no período de um ano e meio.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o café é o alimento mais consumido do Brasil, seguido do feijão e do arroz.
Impacto na inflação
O café, mesmo com a redução, ainda acumula uma alta de 41,46% neste ano e de 70,51% nos últimos 12 meses. Durante esse período, o café moído destacou-se como o segundo maior influenciador positivo no IPCA, contribuindo com 0,30 ponto percentual para a inflação geral de 5,23%.
A dinâmica de preço do café se reflete em tendências observadas no campo, onde a diminuição dos valores começou em março, com o início da colheita.
Influência da colheita
A colheita mais abundante é um dos principais fatores para a queda de preços. A maior oferta de grãos aliviou a pressão da demanda, ajustando os valores.
No entanto, as tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre o café brasileiro podem restringir exportações e contribuir para mais cortes nos preços, caso os produtores não encontrem novos mercados compradores.
Especialistas apontam que a queda nos preços do café no campo poderá ser repassada aos consumidores em 2026, dependendo das condições climáticas e da oferta.
A expectativa é de um alívio gradual nos preços, que ainda são incertos, podendo variar ao longo dos próximos trimestres. Acompanhar o desempenho do mercado global e as relações comerciais será crucial para entender os ajustes na inflação.
Fonte https://diariodocomercio.com.br/
Alan da Silva