Salve seu câmbio! O erro que quase todo motorista comete ao estacionar e pode custar até R$ 8 mil

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Especialistas alertam que desligar um carro automático da forma errada pode danificar o câmbio e gerar prejuízos caros. Um detalhe simples na ordem dos comandos pode proteger seu veículo e prolongar a vida útil da transmissão automática.

Desligar um carro automático parece uma ação simples, mas pode esconder um erro comum que, com o tempo, compromete a transmissão do  veículo.

Especialistas e manuais de fabricantes indicam um procedimento que pode prolongar a vida útil do  câmbio automático e evitar custos com manutenção.

A prática, negligenciada por muitos motoristas, tem relação direta com o uso correto da alavanca de marchas e do freio de estacionamento.

A sequência correta ao estacionar o carro automático ajuda a evitar o desgaste da peça chamada “trava de estacionamento”, ou parking pawl — um pequeno pino metálico responsável por manter o carro travado quando se está na posição “P”.

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De acordo com mecânicos e instrutores de direção defensiva, a maioria dos motoristas erra ao simplesmente colocar o câmbio direto na posição “P” e só depois acionar o freio de mão, especialmente em ladeiras.

Esse hábito aparentemente inofensivo transfere todo o peso do carro para o sistema de transmissão automática, o que pode causar trancos ao sair e desgaste mecânico prematuro.

Transmissão automática e desgaste na trava do câmbio

O câmbio automático possui um componente chamado “trava de estacionamento”, acionado quando o motorista move a alavanca para o “P” (de Parking).

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Nesse momento, um pino interno se encaixa numa engrenagem da caixa de transmissão, impedindo que o carro se mova.

Esse mecanismo foi projetado para atuar apenas como segurança adicional, e não como o principal meio de segurar o veículo em uma ladeira.

Por isso, quando a trava é forçada com o peso total do carro — especialmente em terrenos inclinados —, o pino pode se deformar, causando danos cumulativos e falhas mecânicas, segundo técnicos em câmbio automático consultados por oficinas especializadas.

“Esse tipo de desgaste não dá sinais imediatos, mas pode comprometer seriamente a transmissão com o tempo”, alerta o mecânico automotivo Edson Ferreira, que atua há 25 anos na zona sul de São Paulo.
“E o conserto de um câmbio automático danificado pode facilmente passar dos R$ 8 mil.”

Procedimento correto para desligar carro automático

A forma mais segura e técnica de desligar o veículo, especialmente em inclinações, é seguir uma ordem simples, que começa com a marcha em “N” (Neutro) e prioriza o freio de estacionamento.

Veja o procedimento recomendado:

  1. Mantenha o pé no freio.
  2. Coloque a alavanca em “N”.
  3. Acione o freio de estacionamento.
  4. Tire o pé do freio e aguarde o carro se apoiar no freio de mão.
  5. Só então coloque o câmbio em “P”.
  6. Desligue o motor.

Essa sequência reduz o estresse sobre a transmissão e preserva o conjunto mecânic

O método é ainda mais importante para carros mais pesados, como SUVs e picapes, e para motoristas que enfrentam estacionamentos inclinados com frequência.

Em modelos mais modernos com freio de estacionamento eletrônico, o conceito permanece o mesmo: deve-se sempre ativar o freio antes de colocar o  câmbio em “P”.

Freio de mão no plano também importa

Mesmo em pisos planos, manter o hábito do procedimento técnico ajuda a criar uma rotina correta e evita esquecer o freio de mão em situações mais críticas.

“A gente nunca sabe quando o terreno pode ter uma leve inclinação. Formar o hábito certo protege o carro e evita surpresas”, destaca Ferreira.

Além disso, a prática garante maior conforto ao retornar e tirar o carro do modo “P”, evitando o conhecido “tranco” que ocorre quando a transmissão está sob tensão.

O que dizem os manuais das montadoras

Manuais de  veículos como ToyotaVolkswagen, Chevrolet e Honda indicam instruções semelhantes.

Em todos os casos, há a recomendação de utilizar o freio de estacionamento como principal responsável por manter o carro parado. O “P” deve ser usado apenas como seguro complementar.

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O material técnico da Toyota, por exemplo, especifica: “Para evitar esforço excessivo na trava de estacionamento, aplique o freio de estacionamento com a alavanca em N, antes de mover para P”.

Especialistas alertam que, embora a transmissão seja robusta, seu reparo pode custar caro.

“O câmbio automático é um sistema sofisticado e qualquer manutenção fora da garantia representa um gasto significativo”, reforça o consultor técnico automotivo Cláudio Bernardi.

Falta de informação entre motoristas

Grande parte dos motoristas aprende de forma empírica ou com familiares, sem instrução formal sobre câmbio automático.

Por isso, o costume de colocar o carro direto no “P” sem freio de mão é generalizado, especialmente entre condutores que migraram recentemente de carros manuais.

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“É um hábito enraizado, e como o carro não dá erro imediato, as pessoas acham que está tudo certo.
Só percebem quando o câmbio começa a apresentar falhas para engatar ou ruídos ao sair”, explica Bernardi.

Essa falta de orientação também impacta frotistas e motoristas de aplicativos, que muitas vezes compartilham veículos e aceleram o desgaste por desconhecimento das boas práticas.

Fonte https://clickpetroleoegas.com.br/

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