A China reagiu às tarifas impostas pelos Estados Unidos atingindo um de seus pontos estratégicos mais sensíveis: as terras raras

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No embate comercial entre Estados Unidos e China, Pequim acaba de fazer um movimento tático ao mirar em uma área onde o Ocidente é especialmente vulnerável: a das terras raras. Esse grupo de materiais estratégicos, fundamentais para os setores tecnológico e industrial, voltou ao centro das tensões entre as duas potências econômicas.

No contexto do conflito comercial entre Estados Unidos e China, Pequim acaba de dar um passo estratégico ao atacar um ponto de vulnerabilidade do Ocidente: as terras raras. Esses materiais estratégicos, fundamentais para setores como tecnologia e indústria, voltam ao centro das tensões entre as duas maiores potências econômicas do mundo.

Taxa de 34% e restrições diretas às empresas americanas
A partir de amanhã, 10 de abril, a China aplicará uma taxa de 84% sobre todos os produtos norte-americanos importados. A medida é uma resposta direta às tarifas impostas por Washington — em especial pelo presidente dos EUA, Donald Trump —, que entram em vigor no dia 9 de abril.

Mas a resposta chinesa vai além dos impostos: Pequim suspendeu as licenças de importação de produtos de seis empresas americanas e aumentou o controle sobre a exportação de algumas terras raras.

Não é a primeira vez que a administração de Xi Jinping utiliza esse tipo de restrição como instrumento de pressão sobre os Estados Unidos e seus aliados.

Um histórico de restrições e medidas estratégicas
Em dezembro de 2023, a China já havia limitado a exportação de certas tecnologias de processamento de terras raras para proteger seus interesses estratégicos. E no início de dezembro de 2024, proibiu a exportação de minerais críticos para os EUA, incluindo três elementos-chave na indústria de semicondutores (gálio, germânio e antimônio), além de materiais com extrema dureza usados em aplicações militares.

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