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1,5 mil petroleiros ocupam a entrada do Edisen em defesa dos participantes da Petros

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Em ato histórico convocado pela FNP e FUP, categoria cobrou o aporte financeiro imediato da Petrobrás e o fim dos equacionamentos na Petros

Na manhã de terça-feira (30/05) até por volta das 14 horas, mais de 1.500 petroleiros e petroleiras da ativa, aposentados e pensionistas de todo o Brasil realizaram um ato unificado em defesa dos participantes e assistidos da Petros, em frente ao Edifício Senado (Edisen), atual sede da Petrobrás, no Centro do Rio de Janeiro.

A manifestação tomou toda a entrada da Avenida Henrique Valadares e seus arredores para acompanhar as intervenções dos mais de 30 oradores, dirigentes dos Sindipetros e lideranças políticas, que se revezaram nos microfones para agitar a luta petroleira.

Convocado pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), o protesto reivindicou o aporte financeiro imediato da patrocinadora (Petrobrás) no fundo de previdência, o fim dos seguidos Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs), que corroem os salários e aposentadorias da categoria petroleira, além de maior participação dos trabalhadores na gestão da Petros.

Ao final do ato, os dirigentes de ambas as federações prometeram seguir com a mobilização da categoria petroleira, prontamente endossados pelos manifestantes, até a Petrobrás atender as demandas relativas à Petros.

Balanço
“Primeiro, é importante agradecer a todos os petroleiros e petroleiras  aposentados, pensionistas e ativos de diversas regiões do país que se deslocaram até o Rio de Janeiro e que também fizeram atos locais. Esse ato foi vitorioso para a categoria, porque trouxe um despertar e uma visão mais clara da necessidade cada vez maior de organização dos trabalhadores petroleiros e, no caso da Petros especificamente, de uma união nacional envolvendo FNP, FUP e as associações que representam os aposentados e pensionistas a fim de alcançarmos uma resolução definitiva para esse problema”, avaliou Adaedson Costa, secretário-geral da FNP.

“A categoria pode contar com a FNP para a sequência de mobilizações. Seguiremos pressionando a patrocinadora, que muito tem responsabilidade pelo déficit na Petros, a fazer o aporte financeiro no fundo de previdência. Seja por meio de acordos judiciais ou por outros meios cabíveis. Essa é a única solução possível para esse problema. A Petrobrás é ainda responsável pela angústia que cada aposentado e pensionista sente ao ver a sua remuneração cada vez mais achatada, muitas vezes não conseguindo o suficiente suprir o básico de uma alimentação saudável, ferindo a dignidade das pessoas”, destacou Adaedson.

“A avaliação que a gente tem do ato é positiva. As duas federações, todos os sindicatos e as entidades representativas que estiveram presentes jogaram peso nesse movimento. Somente com essa união é que nós vamos conseguir avançar no caso Petros. Está humanamente impossível viver com vários equacionamentos. Vários aposentados e pensionistas recebem seus contracheques zerados. Que a Petrobrás pague os bilhões que ela deve ao plano para que a gente possa ter uma sobrevida”, ressaltou Júlio César Araújo, diretor do Sindipetro São José dos Campos.

“O ato foi muito importante e demonstrou mais uma vez que a categoria está unificada com o objetivo de exigir da direção da empresa e do governo que a Petrobrás pague as duas dívidas com a Petros. É preciso determinação política da gestão Prates para se resolver esse problema. E isso ainda não está definido. A gente está participando do grupo de trabalho com a empresa para tratar de Petros e AMS e já nos decepcionamos de imediato porque não se avançou em nada em relação aos outros problemas”, disse Eduardo Henrique, também secretário-geral da FNP.

“A categoria vai ter que seguir mobilizada, vai ter que lutar, e essa unidade é muito importante, assim como a consciência dos trabalhadores para enfrentar o capital e a empresa hoje nessa condição privatizada. Só com a mobilização e a independência do movimento sindical diante de qualquer governo é que a gente vai conseguir fazer isso”, complementou Eduardo Henrique.

Confira algumas fotos do ato:

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