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Lula precisa corrigir o presidente (Prates)  da Petrobrás

  “Quanto mais tempo levar maior será o prejuízo do país”

Escrito por Cláudio da Costa Oliveira 26 de junho 2023 

Em sua promessa de campanha e em recentes pronunciamentos o presidente Lula tem enfatizado a necessidade de “abrasileirar” o preço dos combustíveis.

Concordo plenamente com a intenção do Presidente da República, no sentido de que para “abrasileirar” os preços a Petrobrás deveria adotar um modelo de precificação baseado nos seus custos de produção acrescidos dos gastos necessários para sua manutenção e desenvolvimento.

Nesta modalidade a Petrobrás praticaria preços os mais baixos possíveis, transferindo os ganhos com o baixo custo de produção do pré-sal para a economia brasileira, tornando-a mais competitiva e promovendo o desenvolvimento da nação.

Mas não é o que vem ocorrendo.

Recentemente escrevi artigo com o título “Fala de Lula destoa da fala de Prates” https://soberanobrasil.com.br/fala-de-lula-destoa-da-fala-de-prates/  De fato as ações que vem sendo tomadas pelo atual presidente da estatal, Jean Paul Prates (JPP), contrariam o pensamento do presidente Lula.  

A prova disto é que mesmo com as reduções de preços recentemente feitas, os preços nas refinarias da estatal continuam muito acima do Preço de Paridade de Importação – PPI, como vemos no gráfico abaixo que mostra quanto % o diesel e a gasolina estão acima do PPI :

                  SINALIZADOR DOS COMBUSTIVEIS – PPI

Fonte : www.soberanobrasil.com.br

Notem que apesar das recentes reduções de preços anunciadas, a gasolina permanece mais de 15% e o diesel mais de 20% acima do PPI. Isto porque no período tivemos muitas quedas nos preços internacionais e no cambio R$/US$ no Brasil.

O Portal G1, logo após o anuncio do fim do PPI, registrou em entrevista :

“Prates disse também que, mesmo com a mudança, a Petrobras continuará seguindo a referência internacional e mantendo a competitividade interna. “Nós não vamos perder venda. Não vamos deixar de ter o preço mais atrativo para os nossos clientes.”

Significa que a empresa está estabelecendo um modelo de precificação baseado na concorrência, onde vai exercer o seu poder econômico monopolista, sempre que necessário, mantendo preços os mais altos possíveis. Além disto exigirá negociações caso a caso, aumentando o risco de corrupção.

É uma péssima notícia para o Brasil e sua economia, que necessitam preços os mais baixos possíveis . Quanto mais tempo levar, maior será o prejuízo do país.

Cláudio da Costa Oliveira

Economista da Petrobrás aposentado

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