A revista Carta Capital desta semana (ed. 1302 já nas bancas), mostra em sua matéria de capa, artigo do editor de economia Carlos Drummond (não deixem de ler), o que temos falado há muito tempo aqui no Soberano Brasil .
O tema é a situação atual da Petrobrás. As absurdas distribuições de dividendos.
Praticando preços no mercado interno (cativo) muito acima do Preço de Paridade de Importação (PPI) Vide “Preços nas Refinarias” “Gráfico Sinalizador” em www.soberanobrasil.com.br, a estatal brasileira obtém receitas relativamente superiores aos de suas congêneres (Exxon,Shell, Chevron, BP e Total).
Por outro lado, a Petrobrás dispende menos com Royalties e Participação Especial do que as outras petroleiras. A isenção no pagamento de Participação Especial na chamada Cessão Onerosa, causou em 2022, só para o Estado do Rio de Janeiro, uma perda de arrecadação de mais de R$ 22 bilhões. Em 2023 a perda foi maior.
Com receitas mais altas e custos mais baixos, às custas da economia e do povo brasileiro, a estatal logra obter uma Geração Operacional de Caixa, em relação a sua receita, mais do que o dobro das petroleiras congêneres.
A Geração Operacional de Caixa (Caixa Livre ) é a base para cálculo dos dividendos, segundo as regras estabelecidas na empresa. Assim vão sendo “sugados”, “drenados”, todos os recursos da companhia.
Por isto, em 2023, pela primeira vez em sua história de 70 anos, a Petrobrás fechou o ano com uma Liquidez Corrente (Ativo Circulante – Passivo Circulante) inferior a 1. Vejam no google o significado de “Liquidez Corrente”.
Cláudio da Costa Oliveira
Economista da Petrobrás aposentado