Depois do 1º de abril, a Mãe de Todas as Mentiras
Ataques à Petrobras ganham força com fake da interferência de preços e prejuízos.
Em 1º de abril, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) informou que o preço da gasolina nas refinarias da Petrobras estava defasado em R$ 0,63 por litro; o do diesel, em R$ 0,30. Uma fonte independente, o site Soberano Brasil, mostra dados bem diferentes: no mesmo dia, em relação ao PPI (preço de paridade de importação), a gasolina fechou com defasagem de apenas 2,18% (cerca de R$ 0,06/litro), e o diesel estava 11,71% acima do PPI (aproximadamente R$ 0,45/litro mais caro).
A coluna não usou como referência o Dia da Mentira à toa. A suposta defasagem sempre é utilizada como combustível (ops!) para manter aquecidos os ataques à Petrobras: “O governo está interferindo nos preços”, “a Petrobras está tendo prejuízos”, “a Petrobras vai quebrar como quase aconteceu no governo Dilma”…
Cláudio da Costa Oliveira, economista da estatal aposentado, chama estas farsas de “Mãe de Todas as Mentiras”. Ele desafia qualquer pessoa que entenda do assunto a mostrar números que indiquem que a Petrobras, em algum momento, esteve em crise econômica ou financeira (o colunista já fez o mesmo desafio, a, ao menos, 2 interlocutores, que preferiram mudar de assunto…)
Os preços cobrados pela Petrobras nas refinarias superam, em muito, os custos. Cláudio da Costa calcula que, para produzir 1 litro de diesel, a estatal gasta menos de R$ 1,10 e vende o produto em suas refinarias por R$ 3,48 (margem de mais de 200%).
Portanto, ainda que vendesse abaixo do preço internacional (o que não é o caso), a Petrobras não teria prejuízo; como não teve em 2013 ou 2014 (não confundir com perdas contábeis devido a impairment).
Ah, e para mostrar uma 3ª fonte, o Rastreador de Preços de Combustíveis, da Genial Investimentos, registrava, no mesmo dia 1º, que os preços praticados nas refinarias da Petrobras estavam com deságio de 2,7% na gasolina (R$ 0,08/litro) e de 0,7% no diesel (R$ 0,02/litro).
Fonte Monitor Mercantil – Marcos de Oliveira